
A temática da identidade é sempre atual e constitui assunto de relevante importância para refletirmos sobre a construção de nossa identidade e as imagens construídas em torno dela. A cidade tem a vocação de potencializar identidades.
Desenvolveremos ao longo deste ano um projeto que possibilite a nossos jovens estudantes, verificarem que há uma relação direta entre eles, sua cidade e a formação de uma identidade. Observando que as identidades culturais estão fragmentadas e deslocadas, seja ela de etnia, sexualidade, classe ou nacionalidade, devido à diminuição de fronteiras provocada pela globalização.
A principal meta desse projeto, será significar a cidade visando o território em torno da escola como espaço que educa.
Concordando com a experiência da cidade de Barcelona é correto afirmar que uma cidade será educadora quando reconhecer, exercitar e desenvolver, além de suas funções tradicionais (econômica, social, política e de prestação de serviços) uma função educadora, quando assumir sua intencionalidade e responsabilidade cujo objetivo seja a formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus habitantes... “A cidade como território de múltiplas possibilidades educativas (declaração de barcelona de 1990)”
Que cidade queremos?
Uma cidade: Educadora protetora saudável. Feita de pertencimentos. Pois uma cidade é soma de partes que representa a união de elementos biológicos, humanos, políticos e econômicos e não só imagens ideológicas com paisagens belas.
Cidades são criadas com contextos históricos específicos, ligados a interesses políticos e grupos determinados.
Abordaremos os conteúdos e vivências observando o seguinte:
O uso da tecnologia da comunicação para uma cidade educativa e educadora.
Pedagogia da cidade x cidade como pedagogia.
A concepção de Cidade Educadora, como um recurso educativo: passeios, visitas a museus, uso de equipamentos de diferentes tipos, atividades diversas envolvendo os cidadãos, conhecendo e analisando os territórios em torno da escola, numa perspectiva de múltiplos olhares.
O que defendemos?
Passar de uma concepção fundamentada na “pedagogia da cidade” para outra baseada na “cidade com a pedagogia”: cada agente (empresas, museus, meios de comunicação, famílias, associações, etc.) assume sua responsabilidade educativa no contexto de um projeto conjunto tendo como fulcro o sujeito e sua intervenção no ambiente, possibilitando a relação entre o conhecimento e a transformação social e cultural de onde o mesmo está inserido. Numa perspectiva de cooperação, de comunidade solidária e sustentável.
Currículo: escolha curricular que possibilite o aprendizado da cidadania
O currículo deve combinar saberes locais e globais no reconhecimento e valorização da identidade local e valorização do mundo (suas características climáticas, geográficas, políticas e sociais), desse modo alterar as perspectivas em relação ao currículo no sentido de garantir aprendizagens mais significativas que promovam a convivência ética e produtiva com o território, traduz a necessidade de se respeitar os saberes e competências que só o local produz. Assim, associar o conhecimento da realidade local (saberes que tradicionalmente cabe a escola socializar, como o uso da leitura e da escrita) é fundamental que as comunidade não fiquem restritas em seus micro territórios.
Profª Glauce Gouveia e Profª Vancleide Jordão